Nas últimas semanas, os jornais anunciaram a questão do custo Brasil. Dão publicidade às opiniões desqualificadas, sem base na realidade. Dizem que é necessário desonerar a folha de pagamento. Que o trabalhador está muito caro, uma série de mentiras que não suportam mais uma singela observação.
Primeiro, o custo da hora trabalhada no Brasil é superior apenas a dois países do mundo. O trabalhador brasileiro ganha de três vezes a quinze vezes menos que seus companheiros dos países. E ainda nossa brilhante elite não consegue competir internacionalmente.
Na verdade, o custo Brasil está na outra ponta. Está na elite empresarial que mama nos cofres públicos. Obtém lucros bilionários sem trabalho dentro da equivalência capitalista. As obras públicas, em sua maioria, são superfaturadas. Existe uma casta de servidores com salários e mordomias bilionárias que sangra os cofres públicos.
Então, vejamos o Bolsa Milionários:
• 200 bilhões pagos anualmente de juros para bancos e os espertos do mercado financeiro;
• Beneficiam apenas três milhões de pessoas das elites;
• Governo devolverá 16, 9 bilhões a exportadores em dois meses;
• Incentivos às empresas custaram ao BNDES 97,8 bilhões em 6 anos;
• BNDES fornece crédito de 296 bilhões em 2011;
• Investimentos a empresas, subindo de 21 bilhões, 38% a mais que o Bolsa Família;
• O BNDES capta recursos a 10,12% ao ano e empresta a 6%;
• Banco Central tem prejuízo de 44,5 bilhões com as reservas internacionais no 1º semestre de 2011. Essas reservas servem para assegurar os negócios das elites;
• Em 8 anos, energia sobe 246% (a mais cara do mundo);
• Lucro da Vale subiu 325% no 1º trimestre de 2010;
• 29 bilhões para empresas de telecomunicações. Telefônica, Vivo (que bela privatização);
• 1,1 bilhões para o espetacular agronegócio;
• O quilometro do metrô da Avenida Paulista custou o dobro do EuroTúnel, assim ocorre na maioria das obras;
• O custo da construção civil não ultrapassa dois mil reais o metro quadrado, entretanto é vendido no mercado a 9 mil; com margem de lucro de mais de 200%;
• Servidores do Judiciário recebem acima do teto de 50 a 100 mil reais mensais e ainda recebem 500, 600 mil de vantagens eventuais;
• Servidores do Executivo, Judiciário e Legislativo recebem até R$6.680,00 de auxílio moradia;
• Militares têm aposentadoria vitalícia que passa de pai para filho;
Apesar de tudo isso, nossa brilhante elite não consegue competir com seus pares internacionais, concorrência essa que tanto apregoam. Como se vê, o Bolsa Milionário é o problema central do Brasil.
Bem faz a presidenta Dilma em ampliar a destinação de recursos públicos para os programas sociais.