O novo Procurador-Geral da República, logo que assumiu seu posto, garantiu novos privilégios a seus colegas de carreira. Primeiro, aprovou a utilização da classe executiva nas viagens ao exterior. A Procuradoria-Geral afirma que a medida tem “simetria” com o Poder Judiciário. Nestas viagens, esses funcionários recebem diárias de mais de mil reais. Segundo, regulamentou o auxílio moradia aos procuradores. Só no ano passado, foram gastos mais de 12 milhões de reais com diárias de viagens. E não se sabe para que estes funcionários viajam tanto ao exterior.
Juntando outros privilégios, como salário em torno de trinta mil mensais, as vantagens eventuais a um juiz, procurador, promotor, desembargador, ao todo, é perto de um milhão de reais anuais.
Essa engrenagem de privilégios está impregnada em toda máquina pública. No Executivo, no Legislativo, nas forças de segurança, no Judiciário, na Previdência, nos meios de comunicação entre outros. São pessoas, em sua maioria absoluta, advindas das classes possuidoras, desde o descobrimento do Brasil.
Este acúmulo de privilégio sangra os cofres públicos e impede que a população tenha atendimento apropriado de saúde, educação, moradia, transportes, etc. Agora, resta à população seguir lutando para acabar com os privilégios – altos salário e outros benefícios dentro da máquina pública.