“Se a aparência fosse igual à essência, não haveria lugar para a ciência”

Foto: Ilha de Cuba – EBC; Sede da Escola Latino-Americana de Medicina em Havana – Wikimedia Commons, via Opera Mundi

Nos últimos dias, os ricos conservadores brasileiros se agitam envergonhados por serem incapazes de formar médicos em número suficiente para atender seu povo.  E, por isso, destilam veneno contra os médicos vindos de uma pequena ilha do Caribe, Cuba.

Em Cuba, há hoje 6,4 médicos para cada mil habitantes. Na Argentina, a proporção é de 3,2 médicos para mil habitantes. Já no Brasil, esse índice é de 1,8 médicos para cada mil habitantes. Em países como Espanha e Portugal, essa relação é de 4 médicos para mil habitantes. Cuba disponibiliza o atendimento de saúde a toda população. Enquanto no Brasil, os médicos se concentram em áreas e cidades ricas e com isso as pessoas das periferias das grandes cidades e do interior ficam sem médicos.

Outro dado importante é que enquanto a taxa de mortalidade infantil em Cuba é de 4,6 para mil crianças nascidas, no Brasil é de 15,6 para mil crianças nascidas (IBGE/2010).  Certo que essa média brasileira se deve às diferenças de classes sociais, pois as classes aquinhoadas aqui devem ter uma taxa próxima à cubana, enquanto as famílias de menor renda devem ter taxa de mortalidade infantil de 30 por mil crianças nascidas.

 E não para por aí. Cuba dispõe de outros indicadores que envergonham as burguesias “cucarachas”: lá não há analfabetos, crianças abandonadas ou fora da escola e nem moradores em situação de rua. Sem dúvidas, as conquistas sociais cubanas deixam as castas dominantes, de diversos países, babando de inveja e raiva.

 A população de Cuba está próxima de 12 milhões de habitantes. Praticamente, igual a do município de São Paulo. A pequena ilha tem 25 faculdades públicas de medicina que recebem alunos que obtiverem as melhores notas no decorrer dos anos escolares. Há uma Escola Latino Americana de Medicina na qual estudam estrangeiros de 113 países, incluindo do Brasil.  Seria como se em são Paulo tivéssemos 26 faculdades públicas de medicina iguais às da Universidade de São Paulo.

Sem dúvidas, Cuba esbanja solidariedade aos problemas sociais e humanos de diversos países. Atendeu mais de 25 mil afetados pela explosão em Chernobyl, especialmente crianças órfãs.  Os médicos cubanos atenderam pacientes afetados por enfermidades oncológicas e hematológicas provocadas pela exposição à radiação e hoje Cuba envia médicos para diversos países como Haiti, Venezuela, países da África e agora  também para o Brasil.

 Diante disso, podemos inferir que o problema dos cubanos não está em Cuba, e sim no assédio e no cerco econômico-militar de concepção do mundo imposto pelo espírito capitalista – o lucro acima de tudo – quase que do mundo inteiro.  Mas, apesar desse encurralamento aos cubanos, Cuba respira e envia seus médicos para amenizar o sofrimento de outros povos mundo afora.

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