A eleição da presidenta Dilma foi extraordinária. Suplantou um conjunto de forças conservadoras que sempre venceram no Brasil. Vejamos:
– Levaram o presidente Getúlio Vargas ao suicídio em 1954.
– Deram o golpe militar em 1964. Derrubando um presidente bem avaliado.
– Sustentaram a ditadura militar por 21 anos. Torturaram, mataram e fizeram do Brasil um território de uma das maiores desigualdades sociais do mundo.
– Manipularam e roubaram as eleições de 1989.
– De 1990 até 2002 faliram o Brasil.
Essas forças conservadoras, com alguns aliados do momento como Marina Silva, Eduardo Jorge do PV, família Campos, apoiados por conglomerados americanos do petróleo, queriam os campos de petróleo do pré-sal elegendo Aécio Neves, conforme divulgação feita pelo portal Wickileaks.
Bom lembrar que o núcleo dessas forças conservadoras “são o 1% dos ricos que detém 70% do Produto Interno Bruto (PIB) – tudo que é produzido no Brasil durante um ano com ganho de capital-lucro, juros, renda da terra ou aluguel. Além de mais 20% dos que ocupam cargos de prestígio no mercado superfaturado.
“Essas frações são a tropa de choque dos 1% dos endinheirados. Defendem na prática, nos tribunais, nas salas de aula, nos jornais e em todas as dimensões do cotidiano onde a defesa dos privilégios dessa minoria e de seu sócio menor está em jogo” (José de Souza).
Esse grupo vem jogando pesado contra o governo Dilma e as forças progressistas. Destruíram o importante evento da Copa do Mundo no Brasil. Procuraram vender esta confraternização universal como uma coisa ruim. Isso impactou negativamente os resultados apresentados pela seleção brasileira. Agora, vimos os jogadores Fred e Neymar declararem apoio ao adversário de Dilma. Neymar, suspeito de sonegar impostos em transação com o exterior que derrubou o presidente do Barcelona. Arrastaram também famosos novos ricos, artistas que recebem milhões em dinheiro público para apresentarem a maioria de seus shows. A Receita Federal deveria investigar se estes artistas declaram o que ganham em cada apresentação.
Bem, essas forças do atraso apostaram todas as fichas para desconstruir Dilma e seu governo bem-sucedido. O que é bom se torna ruim ou então se esconde da população. É uma central de mentiras colocada diariamente dentro da casa de cada brasileiro.
Felizmente ,essas forças do atraso foram derrotadas nesta eleição. Doravante novos desafios estão colocados para o novo governo e para as forças progressistas. Superar o gargalo da saúde, educação, saneamento, moradia. Ampliar a produção de alimentos. Continuar melhorando os salários. Não apenas isso, também mexer nos privilegiados da previdência, do judiciário, da máquina pública, na cobrança de impostos e tantas outras questões.
Entretanto, o desafio maior e a necessidade também é de implementar as políticas públicas com participação popular. Nada desses marcos regulatórios que vieram transformar as organizações sociais em braço auxiliar do Estado. Mas sim, estabelecer parcerias consistentes com a população organizada de modo que os atendidos participem do processo de conquista de sua cidadania.
Além de continuar os avanços necessários, está colocado para as forças progressistas desmontar o domínio dos privilegiados dos meios de comunicação e do Judiciário. Desmontar o que bem expressam os poetas sertanejos Tião Carreiro & Pardinho:
“Quem trabalha não tem nada, enriquece quem tapeia.
Pobre não ganha a demanda, rico não vai pra cadeia”