Jogos Panamericanos 2015: Cuba em primeiro lugar

Os jornais apresentaram os dez países que obtiveram mais medalhas de ouro. Entre eles, o Brasil aparece em terceiro, Cuba em quarto e Guatemala em 10º lugar. É uma classificação injusta, falseia a realidade. Não há como comparar um país que possui 200 ou 320 milhões de habitantes com um país de 12, 14 , 15 milhões de pessoas. Então, o correto é estabelecer o número de medalhas de ouro proporcionalmente ao número de habitantes. Com essa metodologia, a verdade prevalece. E assim Cuba aparece em primeiro, Guatemala 5º, EUA em sétimo e Brasil em 9º lugar. Vejamos a tabela abaixo:

O que diferencia Cuba dos demais países e explica seu sucesso esportivo

A surra nas potências econômicas das Américas decorre do seguinte: nos demais países, a prática de esportes atinge uma pequena elite ou de alguns pobres abnegados. Mas, a população trabalhadora em geral não pratica esporte por falta de estrutura e também porque gastam suas vidas lutando pela sobrevivência. Não há espaço para o povo praticar esportes. Nas periferias das grandes cidades, os jovens ficam ociosos, nem a rua podem utilizar pois está tomada de carros. O povo é mantido como torcida, sem nenhum protagonismo esportivo.

            Pelo ângulo do Produto Interno Bruto (PIB) – produção de um país durante um ano – em relação aos Jogos Panamericanos de 2015, o fracasso das grandes economias capitalistas é retumbante. Os dados confirmam a teoria: país rico é país com pobreza. Somente o Canadá tem uma classificação melhor porque jogou em casa.

Vejamos os dados abaixo:

Fonte de dados do PIB e População: Site do Banco Mundial

Se analisarmos os indicadores sociais, veremos que onde há menos desigualdade entre as pessoas, o país vai melhor nas competições esportivas. Enquanto cada medalha de ouro de Cuba ocupa 2 bi e 140 milhões, EUA ocupa 170 bilhões e o Brasil 570 bilhões do PIB.

O sucesso de Cuba nos esportes ocorre pelo fato da população ter acesso às quadras poliesportivas existentes no país. É um país pobre sob o ponto de vista capitalista, mas rico em desfrute popular dos resultados de sua economia. Neste sentido, encontramos médicos daquele país trabalhando no mundo inteiro para combater endemias e doenças.

Cuba, com sua revolução, extinguiu o parasitismo social. Lá, não tem banqueiro ou pessoas que vivem de renda de suas propriedades. Cuba tem seus desafios a superar, mas tudo indica que a economia está a serviço do povo. Rumo ao que o Papa Francisco vem defendendo: colocar a economia a serviço do povo.

Tostão, ex-jogador da Seleção Brasileira, em artigo na Folha aponta alguns rumos para melhorar nosso futebol. Acrescento: é necessário criar condições para que o povo brasileiro pratique esporte e deixe de ser apenas torcida. Sem as habilidades populares no front esportivo, nossas dificuldades permanecerão.

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