CASA, COMIDA E ROUPA LAVADA

Volto ao tema. O Censo Escolar de 2012 divulgado apresenta a diminuição de 11 por cento (média nacional) do número de matriculados nos Ensinos Fundamental e Médio e na EJA. Em Estados como Rio de Janeiro menos 34 por cento, São Paulo menos 22 por cento, Paraná menos 12 por cento, Maranhão menos 11,1 por cento e Minas Gerais menos 10 por cento. Nos Estados mais ricos a queda da matrícula é maior. Pela lógica deveria ser ao contrário. Entretanto, pode-se observar que o modelo econômico está exaurindo os trabalhadores e suas famílias. Pela dificuldade de conseguir seus meios de sobrevivência ou consumindo seu tempo no trabalho, na condução, ou morando de modo precário e alimentação limitada. Daí a dificuldade das pessoas mais pobres de frequentar a escola e de se desenvolver integralmente.

Ligado a essa situação, o jornal também divulgou que 36 por cento da população nunca foi ao “oculista”, e 18 por cento só fez uma consulta na vida. Mais de 54 por cento da população não tem como cuidar dos olhos. Por isso encontramos bancas nas praças vendendo óculos de grau sem receita médica. São dados reveladores do buraco que os beneficiários do modelo econômico jogam a maioria do povo.

Para reverter esse quadro é necessária muita política pública voltada para a população de menor renda. Além de reformas estruturais, como habitacional, urbana, agrária, financeira, fiscal etc. para destravar o desenvolvimento social e promover o equilíbrio material entre as pessoas. Onde todos tenham vida digna.

Podemos destacar aqui a formulação magistral de Rosa Luxemburgo: “Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.

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