400 km de ciclovias: São Paulo no rumo certo

A Prefeitura de São Paulo, na gestão do prefeito Haddad, vai implantar 400 km de ciclovias — faixas destinadas exclusivamente às bicicletas. Segundo o Secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, toda semana será inaugurado um trecho, até completar a meta.  O desenvolvimento desta iniciativa é urgente. As cidades necessitam de meios de transportes complementares. Transportes públicos integrados com a bicicleta.  Este meio de transporte promove bem-estar na vida de seu usuário e da cidade em geral, uma vez que diminui o estresse do trânsito, não polui a cidade, entre outros impactos positivos.

A maioria das grandes cidades do mundo possui imensa malha de ciclovias, como Berlim, Nova York, Amsterdã, Paris, Curitiba, Bogotá, Rio de Janeiro, entre outras.  Uma das limitações da ciclovia em São Paulo decorre da pequena presença de metrô nas periferias da cidade. Mas não é obstáculo para impedir o avanço da extensão dessas faixas. Para a civilização este é o futuro das cidades modernas — uma iniciativa combinada com a reforma administrativa que estimule as pessoas morarem perto do trabalho:  profissionais da saúde morando perto dos seus postos de trabalho; professores próximos das escolas; garis morando perto de suas áreas de trabalho e assim por diante. Isto propiciará a utilização intensa da bicicleta. Cada carro a menos circulando é um grande benefício para a cidade.

Encontrei na mídia predominante posicionamento contrário às ciclovias. “Que seriam eliminadas 40 mil vagas de carros”. Combatem a iniciativa e procuram jogar a população contra o prefeito Haddad e o secretário Jilmar Tatto. Claro que a mídia predominante conhece os benefícios das ciclovias, mas atacam para desgastar o prefeito, impedir o sucesso de sua gestão e bloquear as medidas progressistas tomadas.  Analisando a posição de que as ciclovias se contrapõem aos carros, pude constatar que a mídia predominante quer fazer oposição ao prefeito. E não tem compromisso de fornecer informações verdadeiras.

Então vejamos. Segundo os técnicos da área de transporte urbano, São Paulo possui 17.000 km de vias públicas. Tomando como média a largura das vias que vai de 7m a 20m de largura, então média de 10 m de largura (quem tiver tempo, fazer este cálculo preciso, aqui é só um exercício para se aproximar da verdade) nós temos 170.000.000 m² (170 milhões de metros quadrados) de vias. Bem, 400 Km de ciclovias igual a 400.000 m, vezes 2,40 m de largura, teremos 960.000 m² de ciclovias. E se acrescentarmos 300 km de corredores de ônibus igual a 300.000 m, vezes 3,50 m de largura, temos 1.050.000 m². Concluindo: estão disponíveis para os carros 168 milhões m² de vias e apenas 2 milhões m²quadrados para corredores de ônibus e ciclovias.  Os carros ocupam 99,03 % das ruas, enquanto as ciclovias e os corredores de ônibus ocupam menos de 1%, ou (0,7%) das vias públicas.

Isto significa que o prefeito e seu secretário estão no rumo certo e podem fazer muito mais corredores de ônibus e ciclovias. A população e a cidade caminharão em direção aos anseios da civilização moderna. Posso, então, concluir que os congestionamentos não resultam da existência de ciclovias e corredores de ônibus, mas do excesso de veículos — 5,4 milhões na cidade. Ou seja, o congestionamento é culpa da própria vítima, o carro e seus usuários. Bem faz o prefeito em criar alternativas saudáveis de transporte na cidade.

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